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Brasil é o país que mais mata ativistas ambientalistas


Casal José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, assassinados em maio de 2011 / Foto: Felipe Milanez

A Amazônia concentra o maior número de conflitos e mortes de ativistas e defensores da terra e do meio ambiente no ano de 2017 e o Brasil lidera como o país mais letal do mundo para lideranças indígenas, camponeses e comunidades tradicionais. É o que denuncia a ONG britânica Global Witness, em seu terceiro relatório anual, com levantamento de informações de 22 países.


O relatório, A Que Preço?, lançado na semana passada, aponta o agronegócio como o setor mais perigoso para pessoas que defendem “suas florestas, rios e casas contra setores destrutivos”, chegando a ultrapassar pela primeira vez a mineração. As Filipinas são o segundo país mais violento, com 48 assassinatos, seguido pela Colômbia, com 24 casos de homicídio. Danicley Aguiar, especialista em Amazônia do Greenpeace Brasil, fala que esses comparativos com outros países só reforçam que a disputa da terra é o pano de fundo em grande parte dos conflitos no Brasil e no mundo.


De acordo com o documento, entre os 22 países analisados, em 2017, o Brasil foi o que mais registrou assassinatos, com um total de 57 pessoas mortas, dos quais 80% deles defendiam as riquezas naturais da Amazônia. As mortes, em grande parte, estão vinculadas à luta pela terra e recursos naturais “com governos e empresa de um lado e comunidades locais de outro”. O agronegócio é o setor que tem avançado de forma significativa sobre a Amazônia.

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