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Brasil tem 1.825 mortes por Covid-19 em três dias


Presidente parece só se importar com a economia (Imagem: AFP/ Flickr Planalto)

O Brasil registrou 610 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (7 de maio). O total oficial de vítimas da doença no país subiu de 8.536 para 9.146. São 1.825 óbitos nos últimos três dias. Mesmo com o agravamento da situação, o presidente Jair Bolsonaro pressiona para afrouxar o isolamento. O número oficial de casos confirmados da Covid-19 passou de 125.218 para 135.106, sendo 9.888 novos casos registrados entre ontem e hoje. Considerando a atualização, o país ultrapassou a Turquia em número de casos. Segundo levantamento da universidade Johns Hopkins, a Turquia contabilizava, até as 19h20 desta quinta, 133.721 casos confirmados da doença. Agora, o Brasil está na posição de 8º país do mundo com mais casos confirmados da Covid-19.


Com o avanço da epidemia, a alta de mortes domiciliares, que vinha sendo observada em outros países atingidos pela Covid-19, passou a ser vista também no Brasil. O número de pessoas que morreram em casa desde o início da pandemia do novo coronavírus no país aumentou 14,6% em relação ao ano passado, segundo registros dos cartórios brasileiros. Na avaliação de especialistas, o aumento pode estar relacionado a fatores como dificuldade de atendimento no sistema de saúde, adiamento de idas a pronto-socorros por medo de contágio e piora repentina de quadros de Covid-19.


Autoridades sanitárias, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), alertam que as medidas de isolamento social são a melhor forma de evitar a propagação rápida da Covid-19 e o colapso do sistema hospitalar. No Brasil, o Ministério da Saúde prevê que o pico da doença deve ser atingido entre maio e julho e, enquanto o número de mortos pela doença no país vem numa crescente, o presidente Jair Bolsonaro tem adotado um discurso de flexibilização das medidas restritivas. Nesta quinta-feira (7), Bolsonaro se reuniu com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli e, acompanhado de ministros e empresários, fez pressão para que as medidas restritivas nos estados sejam amenizadas. Ele anunciou que assinaria um decreto para ampliar a quantidade de atividades essenciais em meio à pandemia do novo coronavírus.


A ampliação da lista de serviços e atividades considerados essenciais foi publicada no "Diário Oficial da União" e já está em vigor. Além da construção civil, que Bolsonaro havia anunciado mais cedo, o texto inclui na lista de atividades essenciais as industriais, obedecidas as determinações do Ministério da Saúde; indústrias químicas e petroquímicas de matérias primas ou produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas; e produção, transporte e distribuição de gás natural.

Fontes: Agência Estado / www.domtotal.com

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