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Audiência na Câmara agrega forças em defesa da Convivência com o Semiárido


Momento da audiência na Câmara dos Deputados (Foto: Indi Gouveia / Asa Minas)

A tarde de 2 de outubro foi um momento importante para desenvolver estratégias de superação da falta de investimentos para o Semiárido e sua população. Das 14h às 17h, na Câmara das Deputados, parlamentares, representantes do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Articulação Semiárido (ASA) e agricultoras e agricultores da região reafirmaram a importância das políticas públicas de redução da pobreza rural no Semiárido e anunciaram os desafios que têm pela frente para dar continuidade a estas medidas.


Os participantes da audiência pública "A contribuição das agências multilaterais na efetivação do direito humano à alimentação no Semiárido" (clique no link para assistir à audiência) propuseram encaminhamentos para ampliar a articulação do parlamento com as agências de cooperação internacional e os governos estaduais do Nordeste e de Minas Gerais, onde se situa a região semiárida. Articulados, estes atores buscarão diálogo com o governo Bolsonaro.


"Alimento é uma das coisas que jamais pode faltar na mesa das pessoas que estão lá na ponta", lembra Zilda Soares dos Santos, uma das agricultoras familiares presentes na audiência. "No Semiárido, hoje, temos água de qualidade para beber e água para produção de alimentos. Temos couve, cebola, beterraba, ervas para chás. Viemos aqui hoje para vocês não esquecerem de nós, do povo sofrido que está lá distante. E de procurar criar políticas públicas em favor das pessoas que mais sofrem e estão mais distantes", anunciou dona Zilda que vive e produz no Semiárido mineiro. "Estamos aqui para nos fortalecer e fortalecer vocês", assegurou, por sua vez, dona Maria Madalena, também de Minas.


"Estamos nesta trincheira para dizer que somos povos de direitos também", declara Roselita Victor, agricultora familiar da Paraíba (Foto: Indi Gouveia / Asa Minas)

"O Semiárido hoje é lugar de agricultores e agricultoras capazes de se colocar aqui como sujeitos de sua própria história. Estamos nesta trincheira para dizer que somos povos de direitos também", declarou Roselita Victor, agricultora familiar e assentada da Reforma Agrária do município de Remígio, no agreste da Paraíba. Entre os recados dos agricultores e agricultoras aos parlamentares, os desafios postos para a continuidade do projeto de convivência com o Semiárido foram traduzidos em perguntas direcionadas aos representantes das organizações intencionais e parlamentares.

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