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ASA leva ao Vaticano o risco da descontinuidade de políticas de convivência com o semiárido


Cardeal Peter Tukson, ao centro (Foto: www.asabrasil.org.br)

No último dia de agenda em Roma, em 31 de maio, a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) visitou o departamento da Cúria Romana destinado ao Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, comandado pelo Cardeal Peter Tukson. Durante a audiência, além de apresentar o semiárido brasileiro e todas as conquistas dos últimos anos, a coordenadora executiva da ASA, Valquíria Lima, também denunciou os graves cortes nas políticas destinadas à região e que vinham fortalecendo a convivência com o semiárido, principal bandeira de luta da sociedade civil. “Estamos falando de uma região que saiu de 1 milhão de mortos para 1 milhão de famílias com acesso à água. Passamos agora por 7 anos de uma severa seca sem que qualquer pessoa tivesse morrido em decorrência de fome ou sede”, disse Valquíria.


O Cardeal disse compreender bem a situação e lembrou a encíclica Laudato Si, sobre justiça socioambiental e as mudanças climáticas, na qual o Papa Francisco convoca o 1,2 bilhão de católicos do mundo a cuidar de nossa casa comum: “viver a vocação de guardiões da obra de Deus é… parte essencial duma existência virtuosa”. Para Tukson, a melhor maneira de fazer isso é a partir do nosso local, a exemplo do que tem feito a ASA no semiárido.


Para Valquíria Lima, esse diálogo é muito importante, “pois aproxima o Semiárido de outras realidades que já estão na agenda do Vaticano, a exemplo da Amazônia, que será pauta do Sínodo, em outubro deste ano, e que tratará de questões comuns como a exploração do agro e hidronegócio em detrimento dos povos e da biodiversidade”.

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