Em menos de dois meses, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) autorizou o registro de mais de 60 agrotóxicos, mesmo sem a apresentação dos respectivos estudos aprofundados sobre o impacto dessas substâncias na saúde dos trabalhadores rurais que os aplicam, dos consumidores dos alimentos pulverizados com esses produtos e ao meio ambiente. São produtos que que podem contaminar as águas, os solos, o ar, a chuva e até o leite materno. Responsável pelas liberações, o Ministério da Agricultura, chefiado por Tereza Cristina, a "musa do veneno", chegou a minimizar o licenciamento recorde desses produtos todos, sustentando que já estavam no mercado brasileiro, usados em outras plantas.
Com o objetivo de suspender os registros, o deputado federal e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT-SP), apresentou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 43/19. A Constituição Federal garante ao Congresso Nacional a prerrogativa de sustar atos do Executivo considerados abusivos à sociedade brasileira.
De acordo com dados da própria pasta da Agricultura, no período de 2015 a 2018 o número de registros autorizados cresceu na ordem de 220%. Com as liberações recentes, o país passou a contar com 2.123 agrotóxicos, se consolidando na triste liderança do ranking de maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Se todo o veneno agrícola utilizado no país fosse dividido em quantidade igual para a população, cada brasileiro receberia 7,3 litros.
Fonte: www.redebrasilatual.com.br
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