Representantes dos movimentos sociais, sociedade civil e governo público federal realizaram discussões, dia 24 de agosto, sobre a produção, fomento, crédito, agroindústria, políticas públicas e orçamento de 2019. As discussões ocorreram na reunião da Comissão Nacional de Agroecologia de Produção Orgânica que aconteceu na Escola Nacional de Administração Pública, em Brasília. A comissão, na condição de monitorar as ações previstas e executadas, alerta que o setor tem enfrentado dificuldades quando, na atual conjuntura política, existe um desmonte de vários programas que impactam na segurança alimentar e nutricional do país.
Segundo Dênis Monteiro, secretário executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), foi reivindicada a recomposição do orçamento do PAA, que estava previsto na Lei Orçamentaria anual de 2018. “São cortes drásticos, uma absoluta falta de prioridade para a agricultura familiar e também para a agroecologia. Caso o orçamento não seja recomposto teremos um grupo enorme de agricultores e agricultoras que não vão receber serviços de assistência técnica com o enfoque agroecológico, o que é essencial”.
A CONTRAF BRASIL, entidade que representa a agricultura familiar do Brasil e também compõe a comissão participou do evento. “Temos feito um trabalho intenso dentro da comissão no sentido de que todas as políticas que este atual governo desmontou, ao longo destes dois anos, sejam reestabelecidas a partir do ano que vem. Apesar do governo fazer descaso, temos pautado para que o PAA, ATER, políticas de convivência com o semiárido, de crédito, agroecologia, comercialização sejam reestabelecidas. Queremos garantir orçamento para que a gente volte a ter, efetivamente, aquilo que tínhamos nos últimos anos, que foi um incremento das políticas públicas de agricultura familiar e agroecologia (...)”, pontua Marcos Rochinski, coordenador geral da CONTRAF BRASIL.
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