“Mãos que alimentam a nação” foi o tema de debate entre deputados, representações da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Casa Civil, órgãos de governo da Bahia (CAR e Bahiater), agricultores familiares e mais de 100 organizações da sociedade civil da Bahia. O debate ocorreu no dia 7 deste mês de agosto para debater sobre Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para Agricultura Familiar. A mesa de abertura foi mediada pelo deputado estadual Marcelino Galo, que destacou os avanços obtidos no campo da Agricultura Familiar, a partir do Governo Lula, através das políticas públicas, mas que vem sendo desmontados desde o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016.
Como convidada, Cristina Nascimento, representante da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA Brasil) e da Rede Ater de Agroecologia recordou a trajetória dos movimentos e organizações sociais na luta por uma ATER agroecológica e de valorização da agricultura familiar. Cristina ressaltou que a ATER que vem sendo construída com as políticas públicas, desde o Governo Lula, é democrática, de diálogo com as organizações e de valorização da diversidade. “Fomos construindo a ideia de um rural onde existe gente que quer permanecer naquele lugar, com qualidade de vida. E vida digna no campo depende do estado, depende de políticas públicas para fortalecer aqueles que produzem de 70 a 80% dos alimentos que estão na nossa mesa”, afirmou.
Ela destacou que os resultados da política de ATER vão além da produção econômica. “É importante perceber que o resultado da ATER agroecológica junto às famílias não é só do que se produz financeira e economicamente, mas também o que se produz em termos cultural e social, como a participação efetiva das mulheres na economia, os jovens que hoje afirmam com orgulho que são filhos da agricultura familiar, o despertar da identidade camponesa. Trazer para o reconhecimento público o saber dos povos indígenas e das comunidades tradicionais. Isso é resultado da nossa ATER. Há um ano denunciamos a volta do Brasil ao Mapa da Fome e, hoje, é o que estamos vendo acontecer. A fome é a expressão cruel da desigualdade e do modelo político em nosso país. Os estados do Nordeste podem fazer diferente”, conclui Cristina.
Fonte: www.asabrasil.org.br
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