Uma oficina de capacitação sobre sementes crioulas foi ministrada neste dia 27 de agosto, no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de João Câmara-RN, Região de Mato Grande. O evento teve a presença de representantes da Sedraf, Ufersa, AACC, Emater e de 25 agricultores e agricultoras de São Bento de Norte, João Câmara e Touros, segundo informação de Edmundo Sinedino, da Associação de Apoio às Comunidades do Campo (AACC), organização da rede Asa Potiguar.
O professor e Engenheiro Agrônomo Leilson Costa Grangeiro, da UFERSA, apresentou o processo de produção, com escolha de área, distância de uma cultura para outra, no caso do milho e a importância da secagem. Também foram apresentadas técnicas sobre tratos culturais, colheita, armazenamento e orientações sobre a importância de não misturar as variedades das sementes.
Outro momento foi com o representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, (SEDRAF), Diógenes, que falou sobre o montante de recursos para aquisição de sementes (Projeto Piloto). Serão disponibilizados cerca de R$ 500.000,00 pela CONAB e R$ 150.000,00 pela FUNAI. Houve a participação qualificada de agricultores e agricultoras, mostrando que há oferta de sementes crioulas de milho. “Estão sendo produzidas há mais de 20 anos. Esse dado quebra o dogma de que não temos sementes crioulas para oferta. Estamos com uma base de 10 a 15 toneladas de milho para vender ao programa”, informaram os agricultores.
No encontro também foram realizados 16 testes de transgenia, que apresentaram dados preocupantes de nível de contaminação. A oficina contou com a participação de 34 representantes de casas de semente existentes na região de Mato Grande. Essas casas dispõem de variedades dos milhos pontinha, pingoró, massa e ibra; do feijão cariri, costela de vaca, enrica pobre, rabo de peba e riso do ano; de mandioca canelinha e manipeba; e de remédios nativos, entre os quais a batata de purga.
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