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Acampamentos e assentamentos do MST doam 35 toneladas de alimentos no Paraná


Feijão, arroz, leite, mandioca, banana e uma dezena de variedades de grãos foram distribuídos por acampados do MST (Foto: Lia Biachini)

De norte a sul do Brasil, camponeses do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam uma campanha de solidariedade para apoiar aqueles que já sofrem com a falta de alimento por consequência da pandemia do novo coronavírus. No Paraná, mais de 35 toneladas (35 mil quilos) de alimentos produzidos por famílias acampadas e assentadas foram distribuídas em oito cidades. O estado soma 803 casos confirmados de covid-19 e 39 mortes pela doença. Feijão, arroz, leite, mandioca, banana e uma dezena de variedades de grãos, tubérculos, frutas e legumes foram arrecadados por mais de dez comunidades do MST, de todas as regiões do estado.


A maior parte das doações é fruto do trabalho de agricultoras e agricultores que vivem em acampamentos. “Se não fosse a ocupação da fazenda e a reforma agrária, isso não seria possível. Se não fossem as famílias que ocuparam a terra estarem produzindo comida, não seria possível. Nós somos gratos por estar na terra para produzir e hoje poder ajudar as famílias da cidade”, disse a agricultora Jocelda de Oliveira, integrante da coordenação do acampamento Maila Sabrina, de Ortigueira, comunidade que doou 14 toneladas de alimentos a quatro ocupações urbanas de Curitiba. As famílias acampadas no Maila Sabrina ainda lutam pela efetivação da reforma agrária e vivem a angústia da ameaça de despejo. Em 2019, o governo do estado autorizou nove reintegrações de posse. Pelo menos 7 mil famílias vivem em acampamentos do MST no Paraná, e outras 24 mil são assentadas em 369 áreas da reforma agrária.


Nessa terça-feira, 15 de abril, a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou um Voto de Louvor ao MST pelas ações de solidariedade no estado. “A generosidade e a humildade merecem ser valorizados nestes tempos difíceis. Os trabalhadores Sem Terra, em seus atos de solidariedade e em sua fartura na produção de alimentos, demonstram que há esperança para a construção de um modo de vida mais lúcido, em uma sociedade justa e sem exploração”, afirmou o deputado Tadeu Veneri (PT), autor da proposta.

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