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A força para vencer o vírus e a fome vem das famílias do campo


Apesar de sua importância em meio a pandemia, as famílias do campo não vem recebendo garantias por parte de Bolsonaro e de sua ministra da agricultura Tereza Cristina (Foto: Pedro Stropasolas)

Enquanto a produção de commodities - considerada como atividade essencial pelo governo federal - é direcionada para outros países, os alimentos produzidos pela agricultura familiar vem suprindo a fome da população urbana mais vulnerável em meio à maior crise sanitária da história do país. “Nesse momento de pandemia, nós trabalhadores do campo, permanecemos em nossa atividade porque o alimento é a necessidade essencial à vida. Isso mostra para população urbana o quanto a agricultura familiar é importante”, afirma Amanda Silva, agricultora familiar de Bom Conselho (PE).


A trabalhadora vem oferecendo sua produção para a campanha Mãos Solidárias, que Cuidam da Terra e Alimentam o Mundo, organizada pela Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (Fetape). “Esse público do campo, na sua diversidade, tem demonstrado com ações bastante efetivas, com ações práticas e com a sua solidariedade, de levar o pouco que produz e colocar na mesa dessas famílias mais necessitadas das cidades, especialmente aquilo que é item básico na alimentação das famílias, como feijão, farinha e arroz”, explica Leomárcio Araújo, assentado de Terra Nova (BA) e coordenador do Coletivo Nacional de Abastecimento e Soberania Alimentar do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).


Somente por meio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), já foram distribuídas mais de 500 toneladas de alimentos nas periferias do país, onde 6,5% da população está na faixa da extrema pobreza, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - e tem a situação agravada pela pandemia. “Muito nos preocupa o ingresso de tantas pessoas de maneira tão abrupta na faixa da extrema pobreza e portanto sem acesso a alimentos. Nós temos dados que indicam que só durante os meses da pandemia, 500 milhões ingressaram na faixa da extrema da pobreza, somados aos já terríveis um milhão de pessoas que passavam fome, sede e não tinham acesso a água potável no mundo”, afirma Kelly Maffort, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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