Na última quarta-feira (04), aconteceram plenárias com os candidatos e candidatas ao cargo de prefeito e vereador, nos municípios potiguares de Caicó e São João do Sabugi, realizadas pela Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte (FETARN), campus Seridó, em parceria com o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ADESE), o Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável e Associações Rurais.
O primeiro momento do encontro, aconteceu às 9h, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e da Agricultura Familiar de Caicó. Contou com a presença de 7 candidatos ao cargo de prefeito, e 17 candidatos à vereadores, para que assinassem uma carta de compromisso no apoio à agricultura familiar, agroecologia e promoção da segurança alimentar e nutricional. Ao todo, 6 candidatos à prefeito assinaram o documento, que foram: Artur Maynard (PSB); Batata (MDB); Chico da Caern (PV); Cição (PTB); Diego Vale (Solidariedade) e Dr. Tadeu (PSDB).
No segundo momento, às 15h, no auditório da câmara municipal de São João do Sabugi, foi a vez de 2 candidatos à prefeito no município de São João do Sabugi-RN, Aníbal Pereira (MDB) e Rutênio Humberto (PSB); a candidata à prefeita de Ipueira-RN, Cessa (PL), juntamente com 8 candidatos à vereador, assinarem o termo de compromisso. O candidato a prefeito de Ipueira, Galego Paiva (MDB), igualmente convidado, não compareceu ao local.
Ao assinarem a carta, os candidatos se comprometeram em, caso sejam eleitos, dialogar com a sociedade civil para a execução das proposições apresentadas no documento “Agroecologia nas Eleições: propostas de políticas de apoio à agricultura familiar e à agroecologia e de promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional em nosso município”. Documento feito por organizações, coletivos e movimentos sociais que compartilharam 36 propostas, organizadas em 13 campos, separados por tema.
O documento foi destinado à candidaturas de cidades pelo Brasil. Na carta, fica evidente a necessidade de uma maior atenção dos gestores públicos às áreas rurais que, infelizmente, não recebem a devida atenção dos governos. Essas proposições contribuirão nas ações municipais dos futuros gestores, nos aspectos do enfrentamento da grave crise econômica, do desemprego, da insegurança alimentar, do drama da pandemia, do fortalecimento da agricultura familiar de base agroecológica e da valorização dos espaços da democracia participativa, criando e fortalecendo espaços de diálogo entre o governo municipal e a sociedade civil.